A força dos bons relacionamentos

Bons relacionamentos aumentam a felicidade e o poder de realização

Se é impossível viver sozinho, vá procurar a sua turma! Como disse o poeta, “fundamental é mesmo o amor”. Portanto, quando mal acompanhado o melhor não é ficar sozinho e sim procurar bons relacionamentos.

Robert Waldinger, parece concordar com Tom Jobim. O psiquiatra e professor da Harvard Medical School, em uma palestra no Ted Talks sobre os resultados observados da mais longa pesquisa já feita sobre felicidade, demonstra que o que é preciso para se ter uma vida boa, são os bons relacionamentos.

Bons relacionamentos, são aqueles em que os parceiros caminham juntos na mesma direção, compartilhando experiências, unindo forças e conquistando os propósitos da união. Acredito que não há nada mais gratificante do que isso.

Somos seres interdependentes por natureza, pois não teríamos conseguido sobreviver, e muito menos alcançar tantos feitos, sem a colaboração dos outros indivíduos da nossa espécie.

Essa interdependência nos obriga a desenvolver a capacidade de sermos sociáveis, pois a tarefa de viver em harmonia com nossos semelhantes não é a das mais simples.

Tenho refletido muito sobre esse assunto, pois cresci percebendo essa relação entre harmonia familiar e sentimento de felicidade. Quem me conhece bem sabe o quanto isso forjou minha personalidade, fazendo com que evitar conflitos e criar laços fortes fossem uns dos principais objetivos da minha vida.

Empatia e bons relacionamentos

Porém, é evidente que não basta boa intenção. Como citei anteriormente no artigo “Aprenda a tolerar para ter sucesso”, o filosofo francês Jean-Paul Sartre concluiu que “o inferno são os outros”, sendo esse, muitas vezes, o sentimento que habita na maioria das pessoas que não estão felizes em seus relacionamentos, sejam pessoais ou profissionais.

A nossa natureza humana faz com que nos aproximemos de outras pessoas, esperando a compreensão, o carinho, a admiração e a colaboração do outro para suprir nossas necessidades e desejos, mas precisamos considerar que o outro espera o mesmo de nossa parte.

Temos a tendência de criar expectativas em uma união que por vezes conflitam com as expectativas do outro.

É preciso uma boa dose de autoconhecimento e boa vontade para manter a civilidade e o bem-estar quando os conflitos aparecem.

Hoje em dia fala-se muito na inteligência interpessoal, como sendo elemento fundamental para se ter sucesso na vida.

Saber lidar com as pessoas, com empatia, entender suas intenções e desejos é realmente importante para calibrar as expectativas divergentes, porém existe algo mais a ser considerado.

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O poder da egrégora

Todo indivíduo possui uma energia vital, que não é só física, mas também emocional e mental, que nutre sonhos, desejos e constrói valores sobre os quais guia a sua vida.

Quando um indivíduo se une a outro, ou a um grupo, suas energias vitais se somam formando uma unidade de força ainda mais poderosa, chamada egrégora, termo, originário do grego egregorói.

Professor DeRose, autor de vários livros e fundador do DeRose Method, uma escola de aprimoramento pessoal presente em diversos países das Américas e Europa, ensina que egrégora é uma força natural presente em qualquer agrupamento de pessoas com um objetivo em comum.

“A egrégora se realimenta das mesmas emoções que a criaram. Assim, a egrégora gerada por revolta e ódio, exige mais revolta e ódio. Já a egrégora criada com intenções sãs, tende a induzir seus membros a continuar sendo saudáveis”, afirma o professor.

Um exemplo de egrégora negativa pode ser observado nos encontros entre torcidas organizadas de times rivais, onde inexplicavelmente pessoas pacatas tornam-se extremamente violentas, capazes até mesmo de matar.

A egrégora torna-se mais forte quanto maior for seu tempo de existência e quanto mais indivíduos possui. Porém nenhum deles, por mais forte que seja, é capaz de se opor a ela com sucesso.

“A única maneira de vencer a influência da egrégora é não se opor frontalmente a ela. Para tanto é preciso ter Iniciação, estudo e conhecimento suficiente sobre o fenômeno… Portanto, ao invés de querer mudar as características de uma determinada egrégora, o melhor é gerar ou associar-se a egrégoras positivas”, sugere DeRose.

E como devemos agir quando já estamos em um relacionamento ruim? A tendência é que essa união termine de forma dolorosa para cada indivíduo.

Se a relação for sustentada por um “pilar” constituído de valores como empatia, respeito, afeto, sonhos e principalmente propósitos em comum, torna-se cada vez mais harmoniosa, duradoura e indestrutível.

Autoconhecimento e bons relacionamentos

Se estamos cientes do conceito de egrégora, dos valores que guiam nossas ações e desejos, e do propósito da união, poderemos avaliar o que nos prende a ela e assim fazermos uma escolha mais consciente pela permanência ou afastamento.

Não há como lutar contra a egrégora, então, se escolhermos nos manter na relação, sigamos o conselho de Platão: “o melhor que podemos fazer por aqueles que amamos é nos desenvolvermos como seres humanos”, nos tornando pessoas melhores.

Com muita paciência, autoestudo e atitudes alinhadas com os valores primordiais da relação, podemos alterar a energia, influenciando os demais integrantes a agirem da mesma forma.

Seja qual for a sua escolha, é preciso lembrar que todo processo de crescimento, gera desconforto. Mas o resultado da mudança será melhor para todos, desde que seja feita com muita consciência.

Se você gostou desse artigo, compartilhe, comente e entre contato comigo para se juntar a mais pessoas, que assim como eu, buscam compartilhar o poder de realização.

Referência bibliográfica: Tratado de Yôga, DeRose, 42ª edição, Editora Nobel, página 706. Imagem: Tim Marshall on Unsplash

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19 respostas

      1. Meu filho!!!… Li e reli o texto. O tempo nos faz entender que temos que utilizar muita disciplina preparando o corpo, a mente é nossa auto confiança que vai impulsionar em nós a arte do bom relacionamento. “Corpo são e mente sã” alicerçam a
        inteligência para que possamos decidir melhor, enfrentando os desafios do relacionamento. Fico feliz em ver vc no caminho certo, fazendo parte deste grande movimento do DeRose, difundindo importantes conhecimentos, na busca de minimizar o sofrimento das pessoas, mostrando o caminho da felicidade pela energia agregóre , energia de alta fusão entre as pessoas!!!…muito sucesso e um beijo enorme.

        1. Fico feliz que concorde comigo pai. Sempre tive muito apreço pelas suas ideias e muito do que sou se deve ao que aprendi com você. Beijo!

    1. Aline, fico feliz que tenha gostado e agradeço seu comentário.
      Se quiser receber notificações sobre meus novos artigos, siga-me nas redes sociais ou assine minha newsletter.

    1. Eu que agradeço pela leitura, Muna. Espero continuar contribuindo com meus textos para sua reflexão, além das nossas aulas e conversas. Conte sempre comigo.

  1. Eu adorei esse texto. Muito claro, muito realista e extremamente pertinente, principalmente para os relacionamentos “em tempos de isolamento social, de confinamento obrigatório”, onde as relações precisam ser muito bem pensadas e muito bem cuidadas. Parabéns!

    1. Concordo com você Lena. Nesse período em que estamos passando precisamos refletir muito. Que bom que gostou. Obrigado pelo seu comentário.

  2. Muito bom! Faz muito sentido, principalmente quando estamos em um processo evolutivo, onde aquele grupo que costumávamos andar não faz mais sentido. Nesse momento nos sentimos solitários, sem ter com quem partilhar nossas experiências e novos hábitos. Então a busca por uma nova tribo se faz necessária. E com isso voltamos a nos encaixar nesse meio, e compartilhar dessa mesma egrégora positiva.

    1. Obrigado Nayomi! Fico feliz pelo seu comentário.
      O sentimento gregário é sem dúvida muito importante para a felicidade e crescimento.

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